A muitos anos atrás, ou talvez não muitos, alguém com um gráu de escolaridade bom (entendamos por bom o 2º grau) era alguém bem visto na sociedade, e profissionalmente não teria muitas dificuldades para se encaixar em um bom emprego, numa boa empresa, com um salário satisfatório às suas necessidades ... se este possuísse o 3º grau, aí sim, alguém bem marcado na sociedade, muito feliz profissionalmente e, sem muito esforço, era convidado pelas ótimas empresas à usufruiir das vagas de encantadores salários e viver um sonho acordado. De repente a escolaridade foi sucateada, é obrigatória e ao mesmo tempo não vale nada, não sei em outros países ... mas no Brasil tenho certeza, as empresas são hoje uma mesa de bilhar, e nós, os sonhadores de bons empregos, as "bolinhas"! Dá-se a tacada, em meio a tantas bolinhas eis que uma é atingida, eis a escolhida...e todo seu esforço, noites de sono perdidas, finais de semanas que nunca mais voltam ... podem ter sido em vão!
Mas somos brasileiros, e como todo bom negociador, temos que ser perseverantes, e não somos derrubados facilmente, sabemos que para um jogo de bilhar há várias "caçapas", mas nunca imaginamos buracos ... longe de nós ... não paramos e cada vez mais buscamos nos aprimorar, porque não, enttão, o 4º grau? É, o 4º grau, pós graduação, MBA, precisamos ser uma "bolinha" diferenciada, com mais capacidade de atingir a "caçapa", teremos muito mais capacidade de sermos atingido (escolhido) por aquele entrevistador (taco) e ... "Plift", uma casquinha mal interpretada ou mal intencionada, ou cegueira ... escorrega o taco e mais uma vez, entre várias bolas de bilhar, sem noção do que aconteceu ... ainda não foi dessa vez. Deixamos de ser perseverantes, passamos à ser insistentes, a duras penas, nunca se deve desistir, a guerra só tem um fim com um velho trapo dependurado em um galho quebrado, e quem veste o traje de guerra, veste para ser vencedor ... unidos venceremos, e o Inglês e Espanhol passam a fazer parte da nossa linguagem, nossa bagagem, nossa tentativa de sobrevivência, é como aquele "cara" das academias "não importa as dores no outro dia, quanto mais peso mais ele sente-se vitorioso". Outra vez na mesa, não tem como não ser vista, é a mais escura, a mais brilhante, todas as possibilidades levam somente a ela, ela é a maior de todas as "bolinhas", mas nem sempre o jogador (entrevistador) segue as regras, ele tenta uma jogada de mestre .... todas as "bolinhas" foram atingidas, quem foi colocada na "caçapa"? Quem talvez foi para o buraco? Sei lá? A melhor de todas, não foi ... ela era grande demais para ser "encaçapada"...
Nesse mundo de jogadores, prefiro ser profissional, e em vez de sorte, prefiro a fé e a confiança no meu "taco". Estudo sim, muito, pois é através dessa busca de saber cada vez mais, que encontro a felicidade em poder analisar o jogo, sem estar nele. Profissionais jamais fazem parte de um jogo de bilhar, mas analisam o jogo e sempre saem-se vencedores ... em empresas cujos proprietários não jogam bilhar .. são profissionais!
Tanks
Orange
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