terça-feira, 30 de agosto de 2011

O TEMPO EM QUE ERAMOS BEM CRIADOS (QUE DROGA)

Quando eu era ainda criança, 12 anos se me recordo bem, eu já ajudava meu pai a vender bilhete de loteria federal, nada de esforço mas já podia me sentir útil. Com 14 anos de idade ingressei no meu primeiro emprego em regime CLT. Chegava do trabalho e ia estudar, e assim fui até terminar o 2º grau técnico. Nunca meus pais me obrigaram a trabalhar, mas eu sabia que para ter um som novo, um tênis de marca, meus pais não poderiam dar, então porque não ganhar meu proprio dinheiro. Em 1987 entrei na faculdade, mas dois anos depois parei, motivo: achava que não precisava estudar mais.
Continuei trabalhando e ano passado (2010) me formei na faculdade em ADMINISTRAÇÃO, esse ano (2011) estou cursando MBA em Marketing.
Me lembro até hoje, meu pai não queria que eu pisasse num bar, e se visse eu num bar tomava puxão de orelha, qualquer coisa errada que eu fizesse na rua meus pais sabiam, e coitado do meu bumbum, não doia não, eram pequenas "sovas", mas com certeza a dor da consciência doía naquela hora.
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Hoje, meus caros, adolescente não pode mais trabalhar, só estudar. Conheço alguns adolescentes, "coitado do meu país", que mal sabem o que é um acento circunflexo, que não sabem desenvolver uma redação de mais de 1 linha, não sabem a diferença de X e Z, e em matemática nem vou comentar. Palavrões viraram linguagem normal, meninos de 4 anos falam Car..... normalmente e a mãe dá risadas, com 7 mandam o amiguinho Tom.... no ....   e o pai diz que o filho tem espírito de liderança, aí de mim se eu falasse isso perto dos meus pais, minha boca seria na nuca hoje. Não fui mal criado não, meus pais me criaram muito bem, e me orgulho de todas as vezes que apanhei, pois se eu não tivesse tido uma boa criação, eu poderia não estar escrevendo isso hoje.
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Essa semana em frente minha residência, dois adolescentes, estudantes entre 12 e 14 anos, as 21:30 h na rua, jogando pedras no telhado de uma casa, falando palavrões (e pasmem, 1 é filho de pastor), jogando pedras no saco de lixo (numa lixeira) na casa da frente a minha. Eu no portão e eles dando risadas como se me enfrentassem, achavam graça, o dono da casa saiu e deu-lhes uma bronca de leve, o mais novo disse ao meu vizinho "FICA NA SUA COROA, SENÃO EU CHAMO MEUS MANOS E VOCÊ VAI ME PEDIR PERDÃO". Gente onde estamos, isso é estudar? Isso é a lei de não poder trabalhar? Essa é a maneira de criar filhos, esses são os profissionais de amanhã?
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Ontem eu vi no jornal nacional, uma reportagem sobre aumentar preço de cigarros para os jovens não se viciarem em drogas, aumentar impostos para as fábricas...gente, eu nunca me droguei e todos os meninos e meninas da minha convivência também não, cigarros se vendia para qualquer um, bebida também, e nada disso havia, quem fumava, fumava cigarro e poucos, muito poucos mesmo passavam disso para drogas. quase não se houvia falar em droga.....eu nunca vi maconha! Sabe qual a diferença entre os adolescentes da minha época e os de agora? Falta do que fazer. Se ao invés de ficar perdendo tempo com campanhas que os adolescentes nem prestam atenção, em vez de ficar gastando rios de dinheiro com propagandas, porque não investir em algo mais proveitoso, dar o que fazer aos jovens. Trabalho não faz mal a ninguém, pelo contrário, dá maturidade, trabalho não cega ninguém, pelo contrário deixa claro horizontes, trabalho não impede ninguém de estudar, pelo contrário dá motivos para que o jovem veja para que servem os estudos.
... Só para terminar, o livro que mais gostei na minha adolescência e comprei por mim mesmo, sem ninguém dizer nada " CRISTIANE F 15 anos, drogada e prostituida".

obrigado e até a próxima

Orange  

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