Em toda a minha vida nunca conheci ou ouvi uma palavra tão difícil de ser pronunciada, palavra dolorida, sem luz, e que amedronta só em pensar: CANCER. Sempre vemos, principalmente na TV, pessoas com câncer, umas que o enfrentam como guerreiras e o vencem, outras que lutam como guerreiras e são derrotadas, outras que não lutam, pois não têm forças para isso e muito rápido são engolidas pelo fim, ainda temos aquelas que lutam e usam uma força que vem nem sabemos de onde, que vencem o inimigo ferozmente, e o inimigo ataca de todas as formas, até que um dia a mente se entrega e o corpo aceita a derrota ... cada uma dessas pessoas, são mais do que vencedoras, são heroinas.
Em meio a tudo isso me vi diante de algo assustador, esse mal é tão forte que não se resume a uma doença apenas, ela deteriora o psicológico, ela consegue fazer a pessoa se trancar em si, esse mal parece que se coloca no pensamento acordado, e no sonho ao dormir ... esse mal não quer ser apenas algo passageiro, ele insiste em querer ser a própria vida, para provocar a própria morte.
A alguns dias conheci alguém que está com essa doença, e que eu desejo de todo coração a sua completa cura, mas o que mais me entristece é o que essa doença causa na vida de alguém, e causou na vida dessa pessoa. Nunca me vi diante de algo assim, alguém que apesar de toda fé em se curar, de toda força que possui, entregar seus últimos dias antes da cirurgia à incerteza, e buscar se recolher aos braços da família, ficar quietinha e virar novamente menina, viver intensamente um momento diferente, sentir perto de si algo que, mesmo com toda esperança, pode não voltar a sentir ... o calor dos entes queridos.
Isso é muito triste, e por mais que eu tente, eu não consigo saber o que ela sente, e isso me deixa mais triste, pois não posso ajudar, nem ao menos confortar, pois muitas vezes é melhor ficar calado.
Diante, então, de uma situação como essas eu tenho que colocar tudo o que aprendi, em muitos anos de estudos da vida, a frente e saber que o mal, pode ser o recomeço de uma vida. É durante o mal que iremos perceber muita coisa, e talvez repensarmos o caminho ... o mal talvez não o seja todo mal, talvez ele seja o "botão" da felicidade que no "automático" não funcionou. E assim, eu posso então saber que posso fazer alguma coisa sim, posso ser importante nessa história, mesmo que transparência, sem ser notado ... e aí é que mora a realidade de todos nós: o único a ver será DEUS, é o que importa...não é? Orar, muito, pensamento positivo, na cura, na vida ... minha mão sobre aquela cabecinha, pode fazer a diferença...e vai fazer, com certeza, pois elas servem para mover as asas que quase não se abrem mais...
que assim seja
Orange
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